Este romance, na sua aparente singeleza, retoma temas que marcaram tanto a literatura clássica como a moderna, sem esquecer a filosofia e a própria psicanálise contemporânea. Não por acaso, mas por uma lógica e dinâmica que atuam de forma espontânea e incontrolável no que existe de mais profundo na natureza e na condição humanas. Em primeiro lugar, poderia ser intitulado “Retrato do padre quando jovem”, pela semelhança da sua temática central com o “Retrato do artista quando jovem”, de James Joyce. Já os sentimentos que acompanham o relacionamento do protagonista com o pai e a irmã caçula apresentam nuanças que evocam os complexos de Édipo e de Eletra, das conhecidas tragédias gregas, que Sigmund Freud trabalhou de forma pioneira e os psicanalístas continuam explorando para um conhecimento cada vez mais profundo da psique humana. Encontra-se também neste texto uma ressonância evidente de “A busca do tempo perdido”, de Marcel Proust, como também outras do existencialismo de Jean-Paul Sartre e de Martin Heidegger. O próprio desfecho final da história é uma versão muito próxima do espírito das grandes tragédias gregas, e as poesias em forma de apêndice, que ajudam a compor o perfil do protagonista, lembram o mesmo procedimento usado no “Dr. Jivago” por Boris Pasternak.
Rio de Janeiro, outubro de 2006.
Olinto Pegoraro – UFRJ
Rio de Janeiro, outubro de 2006.
Olinto Pegoraro – UFRJ
Características | |
Autor | JOSÉ SILVEIRA DA COSTA |
Biografia | Este romance, na sua aparente singeleza, retoma temas que marcaram tanto a literatura clássica como a moderna, sem esquecer a filosofia e a própria psicanálise contemporânea. Não por acaso, mas por uma lógica e dinâmica que atuam de forma espontânea e incontrolável no que existe de mais profundo na natureza e na condição humanas. Em primeiro lugar, poderia ser intitulado “Retrato do padre quando jovem”, pela semelhança da sua temática central com o “Retrato do artista quando jovem”, de James Joyce. Já os sentimentos que acompanham o relacionamento do protagonista com o pai e a irmã caçula apresentam nuanças que evocam os complexos de Édipo e de Eletra, das conhecidas tragédias gregas, que Sigmund Freud trabalhou de forma pioneira e os psicanalístas continuam explorando para um conhecimento cada vez mais profundo da psique humana. Encontra-se também neste texto uma ressonância evidente de “A busca do tempo perdido”, de Marcel Proust, como também outras do existencialismo de Jean-Paul Sartre e de Martin Heidegger. O próprio desfecho final da história é uma versão muito próxima do espírito das grandes tragédias gregas, e as poesias em forma de apêndice, que ajudam a compor o perfil do protagonista, lembram o mesmo procedimento usado no “Dr. Jivago” por Boris Pasternak. Rio de Janeiro, outubro de 2006. Olinto Pegoraro – UFRJ |
Comprimento | 21 |
Editora | CARAVANSARAI |
ISBN | 9788589862455 |
Largura | 14 |
Páginas | 256 |